quinta-feira, 27 de junho de 2013

Apenas um Borrão

O leitor já deve ter ouvido ou lido sobre o teste de Rorschach.
Eu vejo o Batman!
Essencialmente é um teste projetivo, ou seja, o observador organiza o que enxerga segundo a si mesmo.
Não este Rorschach. Ou pelo menos, não exatamente...
Em outras palavras: ao dizer o que ele enxerga, ele revela um pouco de si mesmo.

Eu hoje acredito que as manifestações estão funcionando exatamente desta forma. As análises revelam o que as pessoas pensam e não sobre o assunto das manifestações (mais sobre as mesmas em um post futuro sobre como podemos evitar - ou minimizar - este efeito de projeção).

Eu tenho diversos exemplos: aqui, aqui e aqui. As análises em si não revelam nada sobre as manifestações.

Mas revelam tudo sobre o autor...

E aproveitando o post: as demandas dos manifestantes são pulverizadas, inconsistentes e contraditórias. Não existe plano, não existe esquema, não existe controle - tudo isso é enxergado pelo analista, seja ele do governo ou da oposição...

Ah, e mais uma coisa: os manifestantes não são o povo, mas uma parcela dele (cujo representatividade ainda é objeto de dúvida).

terça-feira, 25 de junho de 2013

Isto são 200 Calorias

O vídeo é interessante e informativo - cuidado com a Pizza

Mas ele comete um erro na definição de Caloria (que ele confunde com caloria). Mas tudo bem, este erro é comum...

Aprovar a PEC 37 Significa Liberar a Corrupção?

A resposta é simples: claro que não!

Então porque o pessoal está agindo como se fosse?

A resposta também é simples: substituição.

Na realidade, a enorme maioria das pessoas não tem a menor noção do que significa a aprovação da PEC 37. A maior parte simplesmente associa a aprovação da mesma com impunidade. Por que?

A razão é mais simples ainda: o poder da publicidade - ou você acha que o nome "PEC da Impunidade" foi escolhido aleatoriamente? O que acontece é o seguinte: a maioria dos indivíduos ao ser perguntado sobre qual a sua opinião sobre a PEC faz uma substituição:  ao invés de responder sobre a PEC, o indivíduo na realidade responde sobre a Impunidade.

Isso é perfeitamente natural, e é explorado pela publicidade há muito tempo. O problema é que na realidade é uma forma de enganar as pessoas (quero que o leitor perceba que isto não é necessariamente ilegal ou imoral, pois o publicitário está se aproveitando de "quirks" da natureza humana - algo que todos temos, inclusive o publicitário).

Mas isto nem é a maior questão: das pessoas que caem nesta armadilha, a maioria continua acreditando que está fazendo a escolha "independente" e utilizando seu "livre arbítrio", mesmo depois que a ilusão é desmascarada (ou seja, mesmo depois que se mostra por A+B que a pergunta respondida  - qual é a opinião sobre a PEC 37 - é, na realidade, a pergunta substituta - qual é sua opinião sobre a impunidade).

Mas, quem, Raimundo Nonato, quem está enganando as pessoas desta forma? Bom, quem está enganando as pessoas são as próprias pessoas, mas quem colocou a coisa desta forma foi o responsável contratado para cuidar do marketing do MP contra a PEC 37.

Bem, nem vou entrar se este tipo de atitude é errado ou não (é errado sim, ainda mais de um órgão que deveria controlar desvios éticos de outros), mas o que o MP deseja é continuar a ter a mesma amplitude no seu juízo sobre como, quem e o que investigar que possui hoje.

E o que a PEC 37 propõe é que o MP tenha suas investigações ligadas ou a policia civil, ou a polícia federal. Isto é ruim? Na minha opinião, conhecendo diversos exemplos de atuação do MP, eu acredito que não é ruim: o MP precisa de mais controle, ou se nem tanto, pelo menos mais responsabilização pelos seus erros (que seus membros sejam responsabilizados quando fizerem caca - o que não são hoje, mas em defesa do MP, isto é quase característica de como funciona o judiciário).

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Muito cuidado com o Poder da Narrativa

Não demorou muito... Depois dos militantes partidários serem "expulsos" das manifestações, agora os mesmos começam a dizer que as manifestações são expressões da direita.
O pior é que partidos são necessários. Mas o pessoal abusou demais...
Eu sei... Não faz o menor sentido, mas dependendo de como este pessoal vende o peixe, muita, mas muita gente mesmo vai acreditar.
O pessoal dos partidos não entendeu ainda o que diabo está acontecendo.
O problema é uma mistura de ignorância, com fanatismo e desonestidade. Não sei exatamente as partes, mas dependendo da pessoa pode-se até ver o quanto e cada um tem.
Este não é o Mané Garrincha.
Para estas pessoas, a vaia no Estádio Mané Garrincha não tem a menor relação com os acontecimentos desta semana. Para estas pessoas, a violência que surgiu em diversas passeatas é certamente coisa da direita. Para essas pessoas, o mundo é construído ideologicamente.

Tudo isso está errado.

  • A vaia foi espontânea e um reflexo de insatisfação generalizada. Esta mesma insatisfação se refletiu como uma componente no aumento de pessoas nas passeatas. Não adianta dizer que foram só os "burgueses" que vaiaram, pois também foram os "burgueses" que estavam nas passeatas.
  • A violência não é privilégio de um grupo com determinada ideologia e quando se junta um bando de gente diferente há uma chance real de dar merda (não uso normalmente esta palavra em textos - mas nesse caso é a palavra que permite a descrição mais apropriada).
  • E por fim, o mundo não é construído ideologicamente: quem é construída ideologicamente é nossa interpretação do mundo (é o velho problema de confundir o cardápio com a comida - você come a comida e não o cardápio, mas tem gente que jura de pés juntos que o cardápio É a comida).

A construção ideológica é refletida justamente pela narrativa. A narrativa que se faz do que acontece é que inclui, mesmo que de modo escondido, a interpretação que se faz do que acontece.
Meio que fugindo do controle...
E o que está acontecendo agora? O movimento atingiu proporções em que o controle por partidos ou grupos já não é mais possível. Mesmo para os criadores originais do movimento a coisa não está mais no controle. E aí cria-se uma narrativa para tentar explicar o que está acontecendo: é a direita, são os burgueses, é a insatisfação popular, é o descaso...

E assim vai

O problema é que a maioria destes parou sua formação social no século 19 e acredita piamente que tudo que foi descoberto de lá para cá é invenção burguesa.
Algo assim... Só que os militantes renegam enquanto o galo canta...
Não muito diferente de muitas religiões: a narrativa se torna a ideologia. E a ideologia indica como as pessoas vêem o mundo...

Ciclo vicioso, eu sei...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Uma Pena

Hoje o post é de novo sobre minhas experiências com a prova à prova de cola. Eu continuo a acompanhar o funcionamento da mesma com as minhas turmas de circuito. E já tenho alguns dados interessantes:

  • A prova realmente limita a possibilidade de cola enormemente
  • O embaralhamento descrito aqui anteriormente realmente funciona como um boa forma de obter distribuições pseudo aleatórias
  • A minha idéia de provas repositivas tem problemas a serem resolvidos.

Isso tudo eu deduzi com observação e análise matemática dos resultados. Que análise? Bom, o embaralhamento deveria garantir distribuição uniforme nas questões e foi isso mesmo que observei. Um exemplo? Bom um item em particular tinha 6 variações (QX1, QX2, QX3, QX4, QX5 e QX6)- o que dava a probabilidade de receber uma das variações (por exemplo QX1) de 16.7%. Em um conjunto de 77 alunos, deveríamos ter a seguinte distribuição:

  • QX1 - 12.83 alunos
  • QX2 - 12.83 alunos
  • QX3 - 12.83 alunos
  • QX4 - 12.83 alunos
  • QX5 - 12.83 alunos
  • QX6 - 12.83 alunos

O que eu obtive foi o seguinte:

  • QX1 - 13 alunos
  • QX2 - 12 alunos
  • QX3 - 14 alunos
  • QX4 - 12 alunos
  • QX5 - 11 alunos
  • QX6 - 15 alunos

Isto, para todos os efeitos práticos é suficientemente próximo a uma distribuição uniforme para os fins da prova. Naturalmente, este comportamento ocorreu com todas as demais questões.

Mas há um ponto complicador: eu resolvi que todo aluno que errasse uma questão tivesse a chance de fazer uma prova repositiva. A prova consistiria de uma variação da prova anterior em que ele só precisaria responder a uma questão não muito diferente daquela que errou.

Na primeira checagem das imagens já vi um problema: isto parece estimular a cola. Não é aquela cola entre alunos, mas a cola do tipo consulta a pdfs na calculadora, tablet ou celular (apesar dos dois últimos serem proibidos). O fato é que a restrição no universo original de questões parece estimular alguns a fazer este tipo de coisa.

Uma notícia menos alarmante é que o número de pessoas fazendo isso é bem baixo (eu só contei uma pessoa até agora). E naturalmente, como as questões não são necessariamente iguais, então isso também complica ainda a cola do tipo consulta (aliás, pensando bem, eu suspeito que a pessoa em questão colou apenas porque recebeu a mesma questão que errara anteriormente).

Mas isso tudo é uma lição: talvez seja melhor criar mais um conjunto alternativo dos dados das questões (e das perguntas também). Ainda acredito que a prova repositiva é uma boa idéia - apenas preciso ajustar os parâmetros para minimizar possíveis problemas de cola.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Lembre-se do 17 de Junho

A frase evoca a rima inglesa: Remember, remembter the 5th of November...
E a imagem nem é a dos quadrinhos originais...
Mas a história neste caso é outra (apesar de ter um certo dedo da imagem totalmente equivocada que a maioria das pessoas tem de Guy Fawkes).

Hoje o post é sobre as manifestações de ontem... E uma constatação...
As manifestações ocorreram em grande estilo, como o Brasil não via há muito tempo. E trouxeram a perplexidade dos políticos (percebam que os dois grandes nomes não sabem as razões das manifestações - aqui e e aqui. Mas não devemos ser tão duros com eles, no fundo as manifestações pegaram todos os lados de surpresa.

A constatação é que, ao contrário de campanhas como diretas já e o fora Collor, o caráter dos movimentos atuais é difuso e não atrelado a partidos (apesar de haver quem tente fazer este atrelamento). São novos tempos? É algo bom ou ruim? É para ficar?

Só o tempo dirá...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Catalisadores

Na química, existem certos elementos que servem para viabilizar ou acelerar a reação. Eles não são os elementos principais, mas são os catalisadores.

Aqui no Brasil temos movimentos devido ao aumento dos preços dos ônibus e devido a realização da Copa.
Não creio que sejam 40k... Mas...
Deixo claro: não acredito que nenhum dos dois sejam realmente a causa principal da insatisfação que alimenta o combustível das manifestações (é até interessante ver a situação dos aumentos em diversas capitais aqui).
Também não creio que sejam 40k... Mas...
O fato é que existem manifestações atualmente. Seriam elas grandes? Bem, são muito menores que outras manifestações. Isso as torna menos legítimas? Não, não tornam menos legítimas. Só colocam em perspectiva a questão da adesão à manifestação. Claro que quem participa tende a ser, digamos, um pouco menos crítico.
Eu estava aí!
Mas nessa hora, eu me lembro da minha participação nas diretas já em 1984 (ainda no finalzinho da ditadura). Eu me sentia importante e acreditava que estava fazendo algo de extrema relevância ao país. Mas o tempo passa,  e chega a ser engraçado pensar nisso nestes tempos de campanha do voto nulo.
Ah, se as pessoas soubessem quem foi Guy Fawkes de verdade...
O que quero dizer? Bem, há diversas pessoas/instituições/movimentos loucos para se apropriar da propriedade das manifestações. E a maioria deles é bem organizada...
Exemplo em questão...
E a história é escrita pelos vencedores...

terça-feira, 11 de junho de 2013

Quem diria... Engenharia Na Comida

Parece que há mais engenheiros invadindo o campo da nutrição. Um reportagem na Spectrum (revista oficial do IEEE) mostra a solução que um engenheiro eletricista bolou para alimentação: Soylent.
Soylent - o que funciona (do site da Soylent)
O nome tem um que de irônico devido ao filme Soylent Green. Mas, quem diria: o negócio parece que funciona mesmo.

Ramificações? E se isso puder ser usado para alimentar multidões? Aliás, eu sugiro ler o que o criador de Soylent diz.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Previsões de Inflação

Bem, parece que a coisa melhorou com relação a inflação. Com os dados originais de 2003 e os dados da inflação de maio, podemos calcular como anda a inflação de 2013 e como deve terminar a mesma.
Inflação 2013 - Melhoras a vista?
Com o conhecimento de janeiro (0.86%) temos que o valor esperado para inflação de 2013 é de 6.32%. Já com o conhecimento de janeiro e fevereiro (0.6%), temos que o valor esperado para inflação de 2013 é de 6.44%. Com o conhecimento de janeiro, fevereiro e março (0.47%), temos que o valor esperado para inflação de 2013 é de 6.43%. Com o conhecimento de janeiro, fevereiro, março e abril (0.55%), temos que o valor esperado para inflação de 2013 é de 6.51%. Agora, com o conhecimento de maio (0.37%), temos que o valor esperado para inflação de 2013 é de 6.39%.

Naturalmente o valor esperado não é tudo. Muito mais útil são os intervalos de confiança. Com os dados de apenas janeiro há uma chance de 8% que a inflação anual fique acima de 7.46%. Já com os dados de janeiro e fevereiro, há uma chance de 5.78% que a inflação anual fique acima de 7.73%. Com os dados de janeiro, fevereiro e março, há uma chance de 3.95%  que a inflação anual fique acima de 7.86%. Juntando a estes os dados de abril, há uma chance de 2.5% da inflação ficar acima de 8.08% (e uma chance de 11.73% da inflação ficar acima de 7.17%).

Finalmente com os dados de maio temos uma chance de 1.42% da inflação ficar acima de 8.12% (a chance que a inflação fique acima de 7.2% é de 8.3%).

Aqui temos a função probabilidade acumulada.
E quanto aos limite inferior e superior? Bem, com os dados apenas de janeiro o limite inferior da inflação foi de 4.77%. Com a inclusão de fevereiro, este valor subiu para 5.04%, com a inclusão de março foi para 5.17%, com abril o limite inferior foi para 5.38% e finalmente com maio o limite foi para 5.4%. Já o superior começou com 14.96% com apenas janeiro, e foi diminuindo para 14.28%, 13.46%, 12.73% e finalmente 11.82% ( Sendo que valores maiores que 9% tem probabilidade de ocorrerem inferior a 0.2%).
Parece que deu uma melhorada, vamos torcer pelo melhor.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Argumento da Intenção Oculta

Este é um problema interessante, caro leitor: imagine que uma companhia XYZ resolve fazer uma ação de benefício geral e que aparenta não ter nenhum benefício óbvio para a mesma.

O que fazer, aplaudir ou criticar? Mas como criticar uma ação de benefício geral?

Ahhh, tem um jeito! Podemos falar: "Realmente isto é muito bom, mas tem que ver o que está por trás disso!"

Esse é o argumento da intenção oculta. Nem sei como é que este está listado na relação de falácias mais comuns, mas um bom amigo me chamou a atenção para este argumento. Basicamente ele se resume no seguinte: não há como criticar racionalmente uma ação ou argumentação, então parte-se para suposição que existe um motivo ulterior que é possivelmente bastante vil.

E isto funciona como um charme.

Só tem um pequeno defeito: o que realmente conta é a ação e não a intenção. Como diz o velho ditado: a estrada para o inferno é pavimentada com boas intenções.

Então este defeito é na realidade um indicador que o argumento da intenção oculta é, na realidade, um ad-hominem disfarçado.

domingo, 2 de junho de 2013

Embaralhamento

Perdoem-me, caros leitores. Esta semana eu fiquei literalmente por conta da aplicação de uma prova de circuito elétricos 2. Como eu estava aplicando uma variante da prova à prova de cola, tudo fica bem mais complicado.

Como eu já havia mencionado antes, na prova à prova é necessário que: todas as provas sejam diferentes entre si e todas as questões tenham o mesmo nível para cada aluno: ou seja, a questão 1 da prova 1 tem de ter o mesmo grau de dificuldade da questão 1 da prova N. Isto é mais complicado do que parece, e no meu caso eu faço isso com uma lista de exercício das quais todas as questões são retiradas.

Enquanto esta abordagem pode não funcionar para todas as disciplinas, eu acredito que ela é particularmente útil nas disciplinas básicas de engenharia.

Mas um dos problemas da prova à prova de cola é justamente a necessidade de ter N provas diferentes para N alunos. Esta abordagem tem duas grandes dificuldades: em uma prova com 3 questões, por exemplo, isto significa elaborar 3 N questões diferentes (ou similares, mas não iguais). E isto significa ter que resolver 3 N questões. Mas a maior dificuldade é corrigir estas N provas.

Então, o que eu faço é um relaxamento destas condições. Ao invés de 3 N questões, eu faço 3 questões com  K variantes - ou 3 K questões com 3^K combinações. Se eu tenho N alunos então o número de provas continuará sendo N, mas de forma que 3^K=3 N ou 3^(K-1) = N ( isto quer dizer que K=1+ log(N)/log(3)).

De qualquer modo, este relaxamento impõe algumas condições para aplicação da prova:

  1. As questões não pode ser iguais a da lista de exercício, mas variantes - preferivelmente com perguntas relacionadas, mas não iguais as da lista.
  2. As provas precisam ser distribuídas de modo embaralhado para que a seleção de uma delas obedeça as estatísticas de uma distribuição uniforme.
Enquanto o primeiro ponto demanda muito cuidados ao elaborar a prova (lembrando que a idéia é que esta elaboração também facilite o trabalho de corrigir), é fácil se perder no segundo item. Mas ele é fundamental.

Eu já havia desconsiderado a importância do segundo item antes, mas foi com a filmagem das provas (deixo claro que com pleno conhecimento dos alunos, e apenas uso para verificação da lisura do processo), que ficou clara a importância do mesmo. Antes eu utilizava a função randperm do MATLAB para fazer este tipo de trabalho. Mas ela tem um problema: para que eu pudesse utiliza-la adequadamente era necessário numerar as provas - e isto facilitava burlar o embaralhamento.

Eu só percebi isso graças a filmagem.

Hoje eu criei uma rotina MATLAB para embaralhar as provas:
% Embaralhamento
% Número de repetições
M=19;
% Número de provas
N=96;
w=zeros(M,N);
v=linspace(1,N,N);
for l=1:M
    w(l,:)=v;
    v1=v;
    v2=0*v;
    for k=1:N
        v2(k)=v1(N-k+1);
    end;
    for k=1:N/2
        v(2*k-1)=v1(k);
        v(2*k)=v2(k);
    end;
end;
plot(w')
Este função cria o embaralhamento necessário. Eu testei e N=10 é o suficiente para criar algo que é bem próximo do aleatório. O que ela faz? Bem, ela me mostra como a técnica de embaralhamento que uso funciona: pegue a primeira e a última prova e vá criando um novo conjunto de provas. Repita isto 10 vezes...

Mas deu trabalho!