sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fotos do Antes da Dieta e Exercício

Já me pediram para mostrar as fotos do "antes e depois" do regime de dieta e exercício. Vou fazer o seguinte: vou mostrar o "antes"
Isso foi em agosto de 2010 (MOMAG 2010)
Dezembro de 2010 (Confraternização de Fim de Ano).
Dezembro de 2010 (Confraternização de Fim de Ano)
Março de 2012 (Aniversário da minha Mãe)
Março de 2012 (Aniversário da minha Mãe)
Dá para ver uma evolução na minha forma quasi-esférica. Já As fotos do "depois" eu coloco futuramente. A propósito a dieta começou no final de março de 2012 e os exercícios começaram no meio de abril de 2012.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os Donos do Poder

Terminei ontem o livro Os Donos do Poder de Raymundo Faoro.
As pessoas deviam conhecer mais sobre este camarada.
Caro leitor, creio que esta obra é fundamental para a compreensão do que é o Brasil. O link anterior dá acesso ao livro, este aqui a uma análise. O livro traça um panorama desde o Estado Português até cerca de 1957.
Por incrível que pareça não foram tantas mudanças quanto se poderia imaginar por aqui.
Lendo o livro vemos termos como patrimonialismo, estamento burocrático e como se relacionam com o desenvolvimento do país. Lá estão relatadas uma série de traços que não só caracterizaram nossa evolução, como caracterizam o Brasil de hoje.
Fácil de ver quando é coisa do estamento burocrático:o povo é espectador...
Problemas como a dificuldade de separação entre o público e o privado, o nosso desejo por "salvadores da pátria", o papel do exército na evolução política e social do Brasil e a nossa atitude com relação ao Estado (na realidade "o Governo") estão todos bem explicados lá.
Note que no absolutismo o benefício vai para o Estado.
Essencialmente, compartilhamos uma herança comum com nossos vizinhos da América do Sul: o Estado Colonizador reproduziu parte de si aqui. Como fomos colonizados sob a égide do mercantilismo (e daí nosso amor pelo intervencionismo do Estado na economia), passamos a ver o Estado como mola propulsora de tudo e provedor de todos - e isto realmente confere com os fatos (entre eles a Carta de Pero Vaz de Caminha).
Não se engane, caro leitor: não é só o político não...
Infelizmente, um dos efeitos colaterais da vinda do Rei de Portugal ao Brasil foi justamente a exacerbação de uma tendência também conhecida de hoje: a incapacidade de separar o público do privado. Fruto das ações do rei e da corte, este patrimonialismo se imiscuiu em toda estrutura da sociedade. Junto com ele também veio a surgir o famoso estamento burocrático que a todos cooptava.
Temos que entender como somos e como ficamos assim.
Apesar de várias tentativas, estas tendências estão no nosso DNA: incapacidade de separar o público do privado (que pode até ser confundida com corrupção às vezes), dependência com Deus-Estado para o desenvolvimento, a nossa complexa relação com tudo que é estrangeiro (mistura de xenofobia com admiração) e outros pontos (partidos políticos, governantes, acordos fisiológicos, a nossa mania de fazer leis sem pé na realidade, o fenômeno do peleguismo e muito mais).
Isso não é coincidência.
Não digo que o que está no livro é a verdade. Mas o autor levanta conexões que não só fazem sentido, como também permitem explicar certos comportamentos.Se não entendermos isso fica difícil equacionar o país.

Recomendo a leitura. Apesar de ser um tanto pesadinha...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Aleatoriedade ou Sincronicidade?

Nesta terça-feira tive uma experiência que quase se transformou em uma dor de cabeça. Eu perdi a chave do carro enquanto fazia exercícios no parque.
O percurso que fiz é o 6 km.
O que aconteceu foi simples, eu comecei a realizar abdominais para ajudar na diminuição da barriga. Então eu caminho (e corro um pouco) no parque da cidade durante um tempo até chegar a uma das estações que possuem pranchas para realização de abdominais. Imagino eu que foi em uma destas pranchas que a chave caiu do meu bolso.
O parque é bem movimentado.
Bem, só percebi que havia perdido a chave depois de terminar a caminhada, lá perto das 18:00 h. Bem, aí as coisas naturalmente complicaram. O que fiz foi refazer o caminho, indo a cada estação, na esperança de encontrar a chave, ou pelo menos que tivessem entregue a um dos vigilantes do parque. São três as estações que usei (perto do estacionamento da administração) e as duas restantes perto do lago central.

Infelizmente esta atividade não teve sucesso. Mas encontrei um grande colega professor do departamento e pude pedir a ele emprestado o celular para ligar para minha casa e avisar do ocorrido (e da demoras associadas). Feito isso, meu colega ofereceu uma carona para que eu pudesse voltar para casa (eram cerca de 4 km de onde eu estava). Como ele iria dar apenas mais uma volta no percurso, a sugestão era de nos encontramos no local onde as pessoas faziam alongamento.

Eu achei uma boa idéia e concordei, prosseguindo para o local, enquanto ele terminava o restante do percurso. Só havia um problema: eu não sabia aonde era.

Felizmente, pelas informações adicionais, eu sabia da região genérica. Então o meu plano foi me dirigir ao local, aproveitando para tentar a minha sorte com relação a chave com a administração do parque. Ao chegar a região em questão, fui a administração e recebi outra negativa.

Daí fui tentar procurar o local designado.

E aí as coisas ficam realmente curiosas.

Na minha procura, eu encontrei um posto policial (que nem me lembrava que existia). E como ainda havia tempo, resolvi passar lá - "Por que não?" - pensei com meus botões. E não é que a chave estava lá?!

Então percebam: perdi a chave, procurei nos lugares mais lógicos sem sucesso. Encontro um amigo no parque e, ao pedir ajuda, ele oferece uma carona. Ao ir para o local designado (bom, na vizinhança dele, pelo menos), eu encontro um posto policial que não tinha visto. E ao chegar no posto, a chave está lá.

Tudo isso levou cerca de 2 horas. Se eu tivesse ido ao posto logo talvez não tivesse encontrado a chave. Eu sequer lembrava do posto policial. E encontrar com um amigo no parque (que não é nada pequeno - mesmo estando apenas na pista interna)....

Sincronicidade ou aleatoriedade? Deixo a decisão para o leitor...

domingo, 25 de novembro de 2012

Música de 1963

Eu ouvi uma versão bossa-nova desta música que gostei bastante: Our Day will Come.

Tem até uma versão com a Amy Whinehouse

E aqui está a versão Bossa-Nova:

Ah, e enquanto procurava, eu encontrei uma versão de Joe Satriani (o início é a belíssima Sleep walk).

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Frustrações de um Povo sem Memória

Encontrei um artigo de um colunista da folha falando sobre a necessidade de CPF para celulares pré-pagos:  A cretinice dos CPFs nos pré-pagos.
Celulares em todos os lugares!
Devo dizer que eu concordo que não faz sentido esta necessidade. Mas aí cabe uma explicação mais detalhada, que a colunista não forneceu. Mais ainda me chamou a atenção o seguinte parágrafo:

"Desde 2004 as operadoras são obrigadas a exigir esses documentos para cadastrar os usuários de celulares pré-pagos.

Na época, entrou em vigor uma lei que tinha como objetivo reduzir o número de celulares usados por detentos dentro de presídios para comandar operações e rebeliões. O então (e atual) governador Geraldo Alckmin afirmou que os pré-pagos eram "instrumento da criminalidade" e, por isso, tinham de ser cadastrados.

Desculpe, mas dá vontade de rir."
Bem, a mim também da vontade de rir, mas por motivos ligeiramente diferentes:
  1. A lei em questão é a Lei 10.703 de 18 de julho de 2003. Esta lei é federal e não estadual, o que faz a menção ao Alckmin uma simples pinimba da colunista. Pouco importa se Alckmin disse A ou B, quem assinou a lei foi o presidente do Brasil a época.
  2. A lei não é produto de apenas um burocrata, como diz um comentário, mas do Projeto de lei 7131/2002, ou seja passou pelos trâmites legislativos adequados na época - obedecendo ao rito normal.
  3. A mídia fez um escarcéu enquanto a lei não estava sendo cumprido. Tendo como destaque uma reportagem no jornal nacional.
  4. Alguns especialistas alertaram para a inutilidade da solução, só para ser desconsiderados pelos proponentes (neste caso fui eu mesmo que alertei e fui deixado de escanteio).
Então só posso dizer uma coisa: dá mesmo vontade de rir. Dá vontade de rir da burrice! Dá vontade de rir da falta de memória! E dá vontade de rir de quem reclamou por isso na época e hoje reclama disso.
Inutilidade da proposta a cores: esta foto é de 2012.
Em  tempo: isso é fruto da mentalidade culpado até que se prove a inocência daqui. Os justos pagam pelos pecadores e por isso os pecadores continuam pecando...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ligeiramente tendencioso porém interessante

Encontrei um artigo no Observatório da Imprensa bem interessante: O Cultivo Científico da Ignorância.
O artigo é tendencioso - por que? A "dimensão" social, seja o que isso signifique.
O artigo em si é interessante, mas nas entrelinhas tendencioso (para ver como é basta trocar a palavra Crack (e relacionados) por Tabaco (ou relacionados). Fazendo esta troca a linha tendenciosa fica clara.
Ou, nesse caso, trocar o trabalho por outra droga .
Um ponto interessante deste artigo é que ele tenta desfazer um pouco a demonização das drogas. Isto é outra questão que não entrei a fundo neste blog. Eu até mencionei a questão do aborto e a racionalização que as pessoas que defendem o aborto e se opõem a pena de morte fazem (em resumo: arbitra-se que a vida humana começa a partir de um certo ponto X na maturação do feto, portanto, antes disso, segundo esta racionalização estes fetos não são humanos), mas não tive a oportunidade de entrar na questão das drogas.
No caso do aborto, a questão está descrita nos artigos II, III, VI e VII.
Então vamos falar um pouco sobre drogas.
E não só as ilícitas...
Bem, o problema das drogas é duplo: social e pessoal. As drogas alteram o funcionamento normal do corpo humano e por este motivo também causam alterações no comportamento. E a questão da alteração no comportamento é que pode, ou não, tornar-se um problema social. Isto vale para drogas lícitas ou não.

Do ponto de vista pessoal, eu não acredito em dar pitaco tanto contra, quanto a favor. Eu categorizo esta questão como escolhas individuais (sei que isso tem ramificações outras, mas para fins de classificação simplicidade é a chave). E em escolha individual eu não dou pitaco.
Claro que existe o efeito, mas cadum, cadum...
Já do ponto de vista social é que a porca torce o rabo. No fundo acredito que o modo mais simples de olhar é transformar o problema em um de custo versus benefício. Mas sei que há uma relutância muito grande de se enxergar desta forma.
E claro que há o exagero...
A questão fica então em definir um custo social.

E creio que é neste ponto que as divergências tomam formas virulentas. Passa-se a argumentar que o custo social é infinito (não é - isto é uma demonização) ou zero (também não é - isto é um simplismo). A questão é , infelizmente, bem mais complicada e bem mais delicada. Há uma carga social sim, mas dependendo da situação ela pode até ser positiva. O ideal é modificar o problema de modo a que o custo social seja o mais próximo de zero possível, ou mesmo até positivo.

E nisto há um universo de possibilidades que não necessariamente exclui o consumo de drogas, nem sua liberação completa. É, de novo, um problema da falácia da falsa dicotomia: existem soluções que não envolvem nem proibição total, nem liberação total.

Mas como definir uma solução aceitável? Bem, na minha opinião - e é opinião mesmo - a solução é encontrar um compromisso entre o custo e benefício aceitável. Colocar o problema em uma forma de dilema ou binária não ajuda a encontrar a solução aceitável. Um exemplo: maconha tem benefícios? Provavelmente, para certa parcela da população e em certa medida, isto é verdade. maconha tem malefícios? Provavelmente também. A chave é determinar o conjunto de soluções que minimize o custo do problema. A mesma argumentação pode ser aplicada a outras drogas.

Mas, o leitor pode perguntar, e quanto a moralidade da solução? Bem, infelizmente uma solução que minimize o custo pode ser imoral. E aí entramos em uma outra seara...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Falácia da Falsa Dicotomia

A falácia de hoje é bem conhecida, pois trata-se do falso dilema. Esta falácia também é bastante comum, sendo até utilizada por líderes mundiais.

Na realidade, o seu maior uso tem como finalidade forçar pessoas indecisas ou sem todos os fatos a tomarem uma posição (preferencialmente favorável a quem profere a falácia).
Sim, apesar de engraçada, há uma falso dilema aqui...
Possivelmente em razão da nossa natureza social, somos todos muito susceptíveis a este tipo de falácia. Talvez haja aí também algum efeito do tipo torcida de futebol envolvido.
Yep, falso dilema aparece em todos os discursos.
Aliás, se o leitor prestar atenção vai ver esta falácia em muitos debates, discursos e conversas.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma Revolução Debaixo do Nariz

Já faz um tempo que eu desejava postar sobre a revolução das impressoras 3D.

A verdade é que há dezenas de vídeos a respeito na internet.

E as impressoras começam a poder fazer coisas impressionantes.

Até mesmo comida.

Sim, comida...

Mas o leitor já parou para pensar sobre o efeito que impressoras 3D podem ter na vida moderna? Estes dispositivos tornam o Do-It-Yoursef muito mais simples, intuitivo e, por que não dizer, profissional.
Faça 1. Depois faça mais 49 iguais...
Gostaria que o leitor ponderasse a seguinte questão por um minuto: por que temos cobradores de ônibus no Brasil? Daí para a pergunta seguinte é um pulo simples: o que aconteceria se não tivéssemos cobradores de ônibus no Brasil?

Catraca Eletrônica + Cobrador? Sim, isto realmente é assim aqui na terrinha.
Muito bem, agora vamos extrapolar para todas as profissões que a utilização de impressoras 3D em casa afetar. E isso sem falar em conceitos marxistas como mais valia e posse dos meios de produção (o leitor já parou para pensar o que constitui a posse de meios de produção no século XXI?).
O problema ainda não existe, mas está logo ali na esquina.
Repare, caro leitor, que não estou fazendo um juízo sobre o assunto. Prefiro que cada um pense a respeito. Mesmo os luditas...

domingo, 18 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Uma palestra interessante

Recebi a indicação de uma palestra bem interessante sobre honestidade.

O palestrante é Dan Ariely (já mencionado neste blog antes).

A Falácia do Nirvana

Este blog costuma chamar a atenção as mentiras que as pessoas contam. Ora, como somos pessoas, nada mais natural que o blog apresentar certos "cacoetes" que cometemos usualmente.
Castelos nas nuvens: uma figura de imagem bonitinha...
A falácia de hoje é tão assustadoramente comum, e cometida por tantos (inclusive por aquele que vos escreve), que parece até ser invisível. A falácia em questão é a falácia do nirvana, ou da solução perfeita.
Poderíamos interpretar que a falácia é aproximar esta curva por um degrau.
Em poucas palavras é a idéia que não devemos seguir por caminho X (ou implementar solução Y) porque não é perfeito. Um ditado que encapsula o problema deste raciocínio é o ótimo é inimigo do bom.
Se só tem bandido e os políticos são o retrato do povo, então o que isso diz do povo?
Como disse antes, estamos todos sujeitos a esta falácia. Posso falar de experiência pois já caí nesta falácia diversas vezes. E, caro leitor, suspeito que você também. Um dos argumentos do voto nulo é baseado justamente nesta falácia (todos os políticos são iguais, ninguém presta, ou mais apropriadamente: nem o candidato fulano nem o candidato sicrano são perfeitos, por isso anulo meu voto).
E "ninguém" é o termo exato. Até JC foi condenado no lugar de um  terrorista.
Então quando o leitor encontrar alguém que argumente baseando somente que a solução proposta não é perfeita e por isso não deve ser implementada, diga em bom tom: Sinto muito, mas seu argumento é baseado na falácia do Nirvana.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um Trailer Honesto

Eu costumo publicar post sobre filmes só nos sábados, mas encontrei um trailer de Prometheus que faz jus a minha opinião sobre o filme. Então não pude deixar de posta-lo.

Sem dúvida alguma: esta é a tripulação mais incompetente da história da ficção científica.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Será Quinhentos e Trinta e Oito um Lampejo do Futuro?

Um artigo interessante no Guardian fala sobre o impacto do blog 538 na "análise" de comentaristas políticos "profissionais".

Uma frase em especial me chamou a atenção: "Political punditry is embarrassingly bad. Will readers and editors allow evidence-based analysis to save it, or will a choose-your-own-reality culture prevail?"

Este creio ser um ponto focal de diversos problemas que estamos sofrendo hoje em dia: a cultura escolha-a-sua-realidade (mais sobre isso aqui, aqui e aqui). E acredito que é exatamente a análise baseada em evidência que contrapõe essa tendência.  Já mencionei sobre isso em um post sobre a fábula dos três porquinhos no dia de hoje. Para quem não se lembra:

Eu suspeito que isto é parcialmente estimulado pela cultura do politicamente correto (e abastecido por conveniências políticas, pessoas e sociais). Até certo ponto essa visão de mundo não causa grandes problemas e pode até levar a avanços em determinados campos.
Novas idéias implicam em enxergar de forma diferente.
Até certo ponto...
E de repente, começa a megalomania...
O problema é quando se acredita no escolha-sua-realidade mesmo que as evidências sejam completamente contrárias. Aí a realidade costuma dar um tranco legal nesta abordagem. Se fosse só um indivíduo, seria problema apenas dele...
Quando se passa do indivíduo para população costuma-se seguir por este caminho...
Mas se for uma população inteira, então o tranco pode ser feio.

Música Tarantiana

Só a título de recordação trago uma música Tarantiana: Ironside

A música é do grande Quincy Jones.

domingo, 11 de novembro de 2012

Uma Mentirinha pode virar uma Mentirona

Nas minhas aventuras em busca da perda de peso, me deparei com a notícia que o ex-jogador Ronaldo estaria no quadro do fantástico (conhecido como medida certa) mediante uma gorda (pun intended) participação de R$ 6 milhões de reais.
Eu entendo como você se sente, Ronaldo...
Até aí eu não vejo problemas, a rede globo é uma empresa privada e pode gastar o seu dinheiro da forma que bem entender, desde que dentro da legalidade. Ao contrário dos ativistóides das redes sociais, não tenho pretensão de regular como cada um gasta seu suado dinheirinho.
Nesta imagem: ativistóide em ação!
Mas, o problema é que toda a história é baseada em informações "segundo pessoas próximas ao ex-atacante". A Globo negou que isto fosse verdade.
Suspeito que os divulgadores desta informação não são grandes fãs da rede globo...
Quem está certo? Bem, a própria ombudsman da Folha de São Paulo deixa claro que a notícia não é aquilo que parece. Mais ainda, a própria coluna painel FC atesta no dia seguinte: "Os R$ 6 milhões que Ronaldo receberia para participar do "Medida Certa", do "Fantástico", não são pagos pela Globo, como deu a entender nota publicada ontem. A emissora diz que o ex-craque não cobrou para participar do programa. O dinheiro, segundo quatro pessoas que tiveram acesso às negociações, viria de acordos publicitários. Uma empresa de material esportivo, aliás, tem interesse em investir no quadro com Ronaldo."
E a mentira se propaga...
Mas, notícias desse quilate são que nem xixi em piscina: não dá para desfazer sem esvaziar a mesma.
Mentira total: e ainda vai continuar circulando... Note que as crianças são africanas, na realidade.
Claro que temos aqui o seguinte: a fonte original se retratou, o veículo original disse que não era verdade e a assessoria do jogador (e a globo) diz que é mentira. Então a pergunta é: por que então a maioria dos ativistóides continua a acreditar e divulgar a informação?
Ou seja: na cabeça do ativistóide, o papel da Globo é acabar com a fome.
Eu tenho minhas suspeitas, mas isso fica para outro post...

sábado, 10 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Música Rápida

Trago hoje uma peça de música que gosto bastante: Hora Staccato. Aqui com o arranjo do autor:

Aqui com o arranjo de Jascha Heifetz:

E uma leitura diferente com Elizabeth Pitcairn

E finalizando: Altamiro Carrilho.

Conseguiram notar as diferenças?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Quinhentos e Trinta e Oito

O título deste post é relativo à eleição americana desta terça. O número é relativo ao tamanho do colégio eleitoral dos Estados Unidos e o nome de um blog que merece ser visitado.
Esse é "o Cara".
O blog é o FiveThirtyEight de Nate Silver. Não é único, mas é bem preciso.
Probabilidade, pessoal.
Se alguém tem dúvidas do poder da teoria de processos estocásticos, eu sugiro fortemente que dê uma olhada no blog. Acho que o mesmo poderá mudar seus conceitos...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O efeito Mateus e o Argumentum ad Verecundiam

Li ontem no Correio Braziliense um texto sobre o efeito do desaparecimento das abelhas no mundo. O texto é até interessante do ponto de vista do alerta, mas abertura é baseada em uma falácia. Vamos a abertura:
Abelha e polinização.
"Numa roda de amigos, Albert Einstein comentou: “Se as abelhas desaparecerem, quantos anos de vida restariam à Terra? Quatro, cinco? Sem abelhas não há polinização e sem polinização não há plantas, nem animais, nem gente”.
Quem assim conta é o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em Los hijos de los dias, ao dedicar ao Dia da Terra, 22 de abril, um dos seus 365 lúcidos comentários, com a observação: “Os amigos riram. Ele não. E agora acontece que no mundo há cada vez menos abelhas… e hoje vale a pena advertir que isso não ocorre por vontade divina nem maldição diabólica, e sim pelo assassinato dos montes nativos e a proliferação dos bosques industriais, pelas culturas de exportação, que proibem a diversidade da flora, pelos venenos que matam as pragas e ao mesmo tempo a vida natural, pelos fertilizantes químicos, que fertilizam o dinheiro e esterilizam o solo, e pelas radiações de algumas máquinas que a publicidade impõe à sociedade de consumo”."
Na realidade isto é uma conjunção de uma falácia (Argumentum ad Verecudiam) e o chamado efeito Mateus (Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado).
Dado que a especialidade dele era física e não biologia...
A falácia é também conhecida como apelo à autoridade - utiliza Einstein como fonte da sabedoria (poderia ter usado Sócrates ou Aristóteles, mas duvido que tivesse o mesmo efeito). O erro que causa a falácia é o seguinte: Einstein não é um especialista no assunto.
Pois é, gente!
Mas ainda há outro erro: quem disse que Einstein realmente falou isto? Antes de 1994, não se conhecia nenhuma citação dele nestes termos. O que aconteceu em 1994? Protestos de apicultores europeus a respeito de redução de tarifas.
"A pamphlet distributed [in Brussels] by the National Union of French Apiculture quoted Albert Einstein. "If the bee disappears from the surface of the earth, man would have no more than four years to live. No more bees, no more pollination ... no more men!" [From Chris Mclaughlin's "Fearful Beekeepers Plead for Curbs on Honey Imports," The Scotsman, 25 January 1994."
Este fato de atribuir citações a pessoas que na realidade não são autoras das mesmas é conhecido como efeito Mateus. O que acontece é que novas citações são atribuídas a pessoas com fama de boas citações - este efeito é bem conhecido na internet...
E vai piorando a medida que o erro se propaga.
Então, o que isso faz para o argumento? Bom, na defesa no articulista, não foi ele quem inventou isso. Esta idéia já está divulgada na internet há um bom tempo. Mas e com relação as abelhas?
Ainda resta a questão do desaparecimento das ditas cujas, ou não...
Aí é que está o chato da coisa: elas já desapareceram antes. E estamos todos aqui...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Os Outros é que são os Demônios

Encontrei um post no facebook de um blog chamado Socialista Morena (possivelmente um jogo de idéias/ palavras com o conceito do Socialismo Moreno de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro).
Como estes morenos socialista são branquinhos...
Não vou entrar em todos os pontos levantados pelo blog, mas um post me chamou a atenção: os 12 Mandamentos do Esquerdista Moderno.
Isto está errado em tantos níveis que é até difícil descrever!
São eles:

I – Não ter o dinheiro como norte
II – Respeitar o próximo como a ti mesmo (não precisa nem amar, respeitar tá de bom tamanho)
III – Não roubar o povo
IV – Ser pacifista (violência, só contra a tirania)
V – Amar a natureza
VI – Ser contra o latifúndio, os transgênicos e o uso abusivo de agrotóxicos
VII – Não perder a capacidade de se indignar
VIII – Acreditar e lutar por direitos iguais para todos, independentemente de raça, credo, origem, condição social ou orientação sexual
IX – Ser consciente da dívida histórica com índios e negros e apoiar políticas de ação afirmativa
X – Ser um defensor intransigente da liberdade: de pensamento, de expressão, de culto, de ir e vir, cognitiva
XI – Ser a favor do estado laico
XII – Jamais se esquecer (ou se envergonhar) do que sonhava aos 20 anos de idade

Eu sabia! É religião mesmo!
Eu creio ser interessante colocar isto aqui, pois resume o ideário que vemos hoje em dia com os esquerdistas das redes sociais. Há um ponto aqui que merece ser realçado: nenhum desses pontos está conectado com o que conhecemos como a ideologia de esquerda conhecida como comunismo.
Marx e Marx: Conheça a diferença
São apenas uma coletânea de posições que poderiam ser adotadas por pessoas com tendências conservadoras ou não. Dizer que quem segue estes 12 mandamentos é esquerdista é forçar a associação entre dois fatores não relacionados.
Algo também nessas linhas...
Isto é algo surpreendentemente comum: santificar os aliados e demonizar os adversários. Quer demonização mais eficiente aqui na terrinha do que chamar o adversário de direitista? Aqui a concepção de direitista já tomou forma de pessoa malvada, sem escrúpulos, que quer a destruição de tudo bom, belo e bonito.
Exemplo de pessoa malvada, sem escrúpulos e que quer destruir tudo!
Demonização do adversário é bem eficaz! Pode ser usada por qualquer facção.
Demonizar adversários não é privilégio da esquerda ou da direita.